Naura Timm

Nascida em 1941, em São Pedro do Sul, Rio Grande do Sul, Naura Timm é uma das artistas plásticas brasileiras que mais profundamente dialogam com o simbólico, o arquetípico e o sagrado presente na natureza e no ser humano. Sua trajetória atravessa mais de cinco décadas de intensa produção artística, marcada por exposições nacionais e internacionais e por uma linguagem visual que une técnica refinada, espiritualidade e reflexão existencial.

Formada no Centro de Artes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entre 1967 e 1969, Naura Timm aprimorou seus estudos na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro (1973) e no Instituto de Belas Artes, onde se dedicou à litografia (1974–1975). Ao longo dos anos, construiu uma obra consistente que abrange pintura, gravura, desenho e experimentações com materiais naturais, expressando o que a própria artista denomina de “Arte do Coração” — um caminho de autoconhecimento, energia e integração entre arte e vida.

A artista estreou em exposições individuais na década de 1970 e, desde então, apresentou seus trabalhos em importantes instituições culturais no Brasil e no exterior. Entre as principais mostras, destacam-se exposições no Museu de Arte Moderna de Guadalajara (México), Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Museu Nacional de Belas Artes (RJ), Centro Cultural Correios RJ, e no Espaço Oscar Niemeyer, em Brasília.

Participou também de mostras internacionais na Itália, França e México, representando o Brasil em eventos como Seis Artistas Goianos (Roma, Milão, Gênova, Paris, 1977).

Em 2022-2023, apresentou a exposição “Brasília Arquetípica”, sob curadoria da Tartaglia Arte, em que investigou os arquétipos presentes na construção simbólica da capital brasileira. Em 2024, lançou “Ressonância”, no Espaço Oscar Niemeyer, reunindo cerca de 70 obras que integram pintura, instalação e elementos naturais como cristais, flores secas e carvão — um convite à contemplação da energia vital e à comunhão com o entorno.

Radicada em Brasília (DF), Naura Timm segue ativa em seu ateliê e em circuitos de arte contemporânea, participando de projetos que conectam estética, espiritualidade e consciência ambiental. Sua obra reflete uma jornada de introspecção e transcendência, na qual o gesto artístico é também um ato de cura e conexão com o todo.

exposições individuais

  • 1976 – Goiânia (GO) – Individual, Galeria Casa Grande.

  • 1979 – Brasília (DF) – Individual, Galeria Vasp.

  • 1980 – Brasília (DF) – Individual, Galeria Parnaso.

  • 1980 – Cidade do México (México) – Individual, Instituto Politécnico Nacional.

  • 1980 – Cidade do México (México) – Individual, Museo de la Ciudad de México.

  • 1981 – Brasília (DF) – Individual, Galeria Parnaso.

  • 1981 – Guadalajara (México) – Individual, Museo de Arte Moderno.

  • 1981 – Porto Alegre (RS) – Individual, MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul).

  • 1982 – Brasília (DF) – Individual, Galeria B da Fundação Cultural do DF.

  • 1982 – Brasília (DF) – Individual, Instituto de Cultura Hispânica.

  • 1983 – Brasília (DF) – Individual, Teatro Nacional.

  • 1983 – Goiânia (GO) – Individual, Palácio Municipal da Cultura.

  • 1983 – Santa Maria (RS) – Individual, Galeria Centro de Artes e Letras da UFSM.

  • 1985 – Brasília (DF) – Individual, Galeria Contemporânea de Arte.

  • 1985 – Brasília (DF) – Individual, Galeria Térrea do Hotel Nacional.

  • 2022-23 – “Brasília Arquetípica”, no Tartaglia Arte / Centro Cultural Correios-RJ.

  • 2024 – “Ressonância”, no Espaço Oscar Niemeyer, Brasília.

exposições coletivas

  • 1970 – Santa Maria (RS) – Coletiva, UFSM.

  • 1973 – Belo Horizonte (MG) – 6º Salão Nacional de Arte Contemporânea.

  • 1973 – Rio de Janeiro (RJ) – 22º Salão Nacional de Arte Moderna, Centro de Artes Contemporâneas.

  • 1977 – Gênova (Itália) – “Seis Artistas Goianos”, Galeria Contemporânea.

  • 1977 – Milão (Itália) – “Seis Artistas Goianos”, Consulado do Brasil.

  • 1977 – Paris (França) – “Seis Artistas Goianos”, Galeria Debret.

  • 1993 – Brasília (DF) – Coletiva, Embaixada da Colômbia.

  • 2023 – “Trajetórias Femininas — Primeira Geração de Artistas Plásticas de Brasília”, na Caixa Cultural (SBS), que inclui Naura Timm.